“Cidadania participativa e ações sustentáveis"

O VENDEDOR

No começo das trocas, que deu origem ao dinheiro, o indivíduo tem um objeto que não lhe interessa e quer trocar por outro que lhe interessa, até aí tudo bem. Milhares de anos se passaram até a invenção da moeda que atribuiu valor aos objetos e assim as trocas passaram a se chamar vendas. Da venda surgiu o vendedor, esse é o cara. O VENDEDOR criou vários outros personagens para justificar a sua existência, daí apareceram o produtor, o transportador, o fabricante, o investidor e um sem fim de pessoas cuja ponta tinha exatamente o vendedor.
O vendedor vende mercadorias, conflitos, propostas, pessoas, guerras, idéias... e quase sempre mantem-se no anonimato.
Nas últimas 4 décadas o vendedor inventou o Usineiro, que é a pessoa que teria sob seu domínio terras, bens e pessoas conduzidas a chicotadas em uma semi-escravidão para que seus bolsos fique cada vez mais cheio. Muitas pessoas compraram essa ideia do VENDEDOR.
Essa ideia persiste até hoje quando vemos usinas e mais usinas sendo fechadas, nessa Safra 10 delas não vão operar no Centro-Sul, 30 estão em recuperação judicial, e muitas outras estão enxugando, demitindo, reduzindo. As poucas que ainda estão na condição de empresas familiares já não sabem mais como fazer para continuar no mercado, cada vez mais abandonado pelo Governo.
Aí aparece o VENDEDOR pronto para vender mais uma pequena ou média Usina para o mega grupo estrangeiro formado de fundos de investimentos sem dono, multi-nacionais sem intimidade com o negócio e lá está ele , o VENDEDOR dizendo que essa é a melhor solução...
O nosso tesouro criado como Álcool, rebatizado como Etanol começa a ganhar a antipatia da população que acredita no vendedor de Pré-Sais, de Refinarias no Texas, de Gás de Xisto na amazônia e no "ostrich business" que tantas pessoas ano após anos são vítimas.
Ontem abasteci o automóvel em Franca com etanol a R$1,60, o VENDEDOR ainda não conheceu Franca, assim que ele chegar por lá, venderá a ideia do fim da concorrência, e todos os postos tabelarão seus "eta-nóis" pelo preço de Ribeirão Preto que é de R$2,10 e lá também a população começará a falar que "uzuzineiro" isso e aquilo, até que o VENDEDOR volte seus olhos para a indústria do sapato.

Eu voto distrital

    Eu Voto Distrital