“Cidadania participativa e ações sustentáveis"

Cervejas


Aos dezessete anos fui morar na Austrália, eu era um jovem intercambiário do Rotary.
Cheio de curiosidade e de interesse pela cultura local, cheguei lá no dia 26 de janeiro, dia da Austrália, havia uma festividade enorme, fogos de artifícios, churrascos, música que celebravam o dia da chegada do Capitão James Cook que tomava posse daquele imenso território para a coroa Britânica, e eu..., achava que aquilo tudo era para mim. Conforme o tempo foi passando e eu aprendendo o idioma da Rainha Elisabeth, fui percebendo que não, a Austrália não era igual ao Brasil, as pessoas se respeitavam e respeitavam as instituições de uma forma que me causava uma grande admiração.
O interessante era que esse respeito chegava às gôndolas dos supermercados, muito antes de falarmos em Código de Defesa do Consumidor. Eu ficava admirado ao ver que todos produtos tinham código de barra, data de validade, etc, isso em 1986.
Para angariar algum dinheiro a meninada coletava garrafas de cerveja "descartáveis" e latinhas, e cada uma valia AUD$0,05, que eram trocadas em dinheiro no próprio supermecado (logística inversa). Essas embalagens sempre me causaram uma certa atração, pois lá já haviam tampas, rótulos, legislação muito, mas muito evoluídas e essa curiosidade e vontade de ter igual, me levaram 26 anos depois a ter as minhas cervejas.
Eu queria uma cerveja especial, que premiasse o apreciador, que encantasse com os olhos antes de surpreender com o paladar, o aroma, a esclusividade, algo como acontecia lá na Austrália, onde bebidas alcoólicas só podiam ser vendidas a maiores de 18 anos, antes do nosso Código de Defesa da Criança e do Adolecente.
Foi preciso uma idéia, associar tudo isso a outra paixão, a pecuária (meu outro negócio), precisei encontrar o artista certo para desenvolver as marcas, o advogado especializado para registrá-las, e o mestre cervejeiro para fazê-las, da forma que eu imaginava.
Assim nasceram as marcas Ongole e Gir, uma pilsener, a outra de trigo, uma homenageando a maior raça de carne e a outra de leite do mundo do Zebu (Bos indicus) pronto as paixões se casaram.
Me perguntam, o que isso tem a ver com cidadania ? Isoladamente muito pouco, mas o conjunto da obra que  é acumular conhecimentos, aproveitar a experiência dos melhores, buscar entre os bons seus melhores talentos, perceber que quando várias pessoas se juntam para criar, a obra nasce pronta. Seja na educação, na inovação, no empreendimento com geração de impostos, emprego e amizades mais fortes, tudo que fazemos com amor e dedicação ajuda a polir o cidadão.

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