“Cidadania participativa e ações sustentáveis"

Direitos sem Deveres

"Nóis é di menor, siô"
 
 
Já são duas décadas desde que o ECA (Estatuto do Menor e do Adolecente) foi promulgado, mais precisamente para ser instituido na escandinávia, onde os índices de alfabetização são de 100%, onde não há bolsas misérias de todo tipo, onde há planejamento familiar e onde impera uma hegemonia econômica.
 
Porém foi no Brasil e para as diversas classes sociais e econômicas, com cidades sem planejamento, com inchaço da máquina e empregos públicos, com políticos que ganham com a miséria de um lado, com aqueles que tem "consciência social", com apoio pentecostal ou católico, ou seja uma sociedade com todas as diversidades possíveis.
 
Associou-se à essa tragédia a política do "Avanço Progressivo" em que alunos não mais repetem de ano, de forma que mesmo semi-analfabetos estejam cursando a 6ª ou 7ª série. A falta de salas de aula, de professores com remuneração decente, de assistentes sociais, e o caldo foi engrossando.
 
Para aumentar o racismo e a discriminação vieram as cotas raciais e sociais, que para corrigirem um ou vários erros históricos, cometem outro erro o de desqualificar a meritocracia. Pode-se juntar ao grupo e de mãos dadas incluir uma reforma agrária errada de doação de terras, sem  investir em informação e capacitação do "homem do campo".
 
Aos 13 anos ser ofice-boy - antigo "Guardinha" ? Imagina... Nunca, é apenas uma criança, criança não pode trabalhar, dirão. (Esse que vos escreve o foi de 1981 a 1985, antes de ser intercambiário e ir morar na Austrália onde trabalhou em supermercado e construção civil..., ops mas então você é da Zelite... e esse texto é de ultra-direita-capitalista-imperialista.... vixe, lá vem...
 
Então voltando ao pensamento. Criamos uma geração inteira de crianças, que se transformaram em adultos que só têem direitos e não tem deveres, isso empurrou uma grande camada de pessoas para dentro de suas casas, cercadas com arame eletrificado, com segurança paga. Impulsionou ícones do Capitalismo como "um lugar tranquilo para comprar" chamado shopping-centers.
 
As pessoas saíram das ruas "que é lugar de bandido"(um pouco de exagero caricaturístico). Criamos as anti-cidades, fomos para dentro dos muros, nem cultura na praça dá mais para aproveitar (lembre violência na feira do livro de 2012). Grupo de estupradores, ladrões, assassinos, aliciadores..., todos, todos protegidos pela infame maioridade penal aos 18 anos.
 
Já você que me leu até aqui, o fez porque como eu correu o risco de repetir de ano quando ainda estava na escola. Eu fui até o fim. Repeti, em matemática. Me restaram as matérias de humanidades e o orgulho de ter disputado, de ter conquistado o direito de ser "politicamente incorreto".
 


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