“Cidadania participativa e ações sustentáveis"

Fim da Queimada

 "Pau-de-Arara" do século XXI.

Chega de fogo de palha. O ano que vem, 2014, é a ano derradeiro para que 100% da cana seja colhida mecanicamente ou sem uso de fogo nas áreas planas e mais 3 anos para as áreas ingrimes, em 2017.
Quando as colhedeiras entraram no mercado em 1993 elas colheram 0,5% da cana, nessa safra deverão colher entre 85% e 90%.
Todo mundo ganhou com isso, se a mecanização tirou trabalhadores do campo, ela colocou melhores empregos em cima das colhedeiras, tratores, caminhões, tanques de irrigação e de abastecimento, empalhadeiras e várias outras máquinas que demandam considerável conhecimento e por consequência salários melhores.
A menos que nova tecnologia seja introduzida as áreas ingrimes deixarão de ser atraentes para a cultura da cana, restando assim mais áreas para café, leite, eucalipto, frutas e outras atividades de maior intenso uso de mão de obra, mantendo assim por mais um período de tempo o homem no campo.

As pequenas cidades com grande área rural, como Altinópolis, SP deverão se beneficiar. A atividade de leite que parecia estar saindo da cidade começa a voltar. O leite sem dúvida é um grande gerador de riqueza e circulação de dinheiro no campo e na cidade.
Grandes cidades como Ribeirão Preto, serão menos afetadas tanto pelo êxodo rural como pela alta concentração de fuligem, que a cada ano diminui.
Assim, a agricultura dá grandes saltos na sustentação da economia brasileira, muito embora as usinas não tenham mais "usineiros" sendo a atividade controlada por grandes grupos de capital aberto, gerenciado por profissionais contratados no mercado em detrimento da empresa familiar.
São as mudanças que o tempo no brinda. Pode ser que a cana em si não seja mais o combustível ecológico do futuro, mas no momento é o que temos de melhor. Se os veículos híbridos, elétricos, a hidrogênio ainda não estão popularizados, é uma questão de tempo, restará à cana produzir energia de biomassa, açucar, álcoois, plásticos biodegradáveis e ainda assim a atividade rural estará diretamente interligada à vida das pessoas das cidades, grandes, ou pequenas.
Porém a vida no campo demora a mudar, a cultura, os hábitos, a culinária, as músicas. Que bom ! Espero que não mudem jamais.
 Frango caipira, fogão a lenha e felicidade.
 

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